30 de maio de 2015

me vi animalesco em uma famosa cidade qualquer em frente a uma praça sob a lua e cansado das grandes caminhadas movidas pela escravidão de olhar na condição de turista em busca de uma prova que poderia constatar presença em território estrangeiro além de ímãs e chaveiros temáticos comprados às pressas sob o selo de registro de uma experiência desenrraizada dos dias comuns em que vivi no que ingenuamente chamo de minha cidade tendo por subversão o minuto em que inventei uma posse de uma cidade ou um rosto para a ilusão de eternidade enquanto o mundo ria do meu desconforto frente à câmera e extraía uma imagem eu rosto oleoso e sorriso falso escorado em um parapeito com o fundo do que você indicaria como arquitetura única seguido de um silêncio acusador diante do desinteresse que não escondi pela então nomeada belíssima e excêntrica catedral de são basílio