11 de julho de 2015

entre o corredor e o quarto

parado, com um braço pendente e o outro servindo de máscara, rosto afundado na dobra do cotovelo, respiração modificada pela compressão do nariz ou por alguma irritação imponderada, visão ofuscada de nada a ver, ombros curvados de quem há muito se cansou do mundo, emoldurado por uma luz de sol quente que incide nas costas, ali, em repouso no vão, em vão, tu, antes de jogar este peso de corpo chamado à cama, esperando pelo convite a se perder nos giros do amor de um homem fóbico.