da hora incerta surge o certeiro fato:
(abóboda rubrorroxa caindo em negrume)
nas manobras da vontade incógnita
– volante, de toda crença, divino? –
se impõe, contra o sopro, uma aspiração
que sorve em cálculo inescapável a chama
nas lavouras do setentrional desejo, palmas acima,
(vaporosos hálitos subindo da chuva vespertina)
anuncia o pássaro distante da terra amornada de sol,
enquanto tudo, no curso do ordenamento riscado,
se resfria aos poucos e cede granulosamente ao pesar:
fogo-apagou, fogo-apagou, fogo-apagou, fogo-apagou
descansada a enxada, recolhido o chapéu, dividida a história,
o agricultor (teto fosco acendendo em pratazul)
ruma poente ao poente: a ceifadora unge seu báculo;
os irmãos se reúnem, pelo corpo plantado; falam arados de dor,
lembram tempos que lembram alegrias. findo o dia,
ela à espreita, restam todos – sem compreensão